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Parte 7 da História

Parte 7 da História

Três anos de conquistas, quatro de decadência.

1996-2002

Cruijff foi brevemente substituído por Bobby Robson, que tomaram a cargo do clube para uma única temporada em 1996/97. Ele recrutou Ronaldo, outro promissor brasileiro a chegar do PSV Eindhoven. Na Catalunha, o jovem virou El Fenómeno e teve uma temporada arrasadora, em que marcou 34 gols apenas no Campeonato Espanhol, justamente o título que faltou – naquela temporada, o Barça ganhou a Copa do Rei, a Supercopa da Espanha e a Recopa Europeia (com gol dele na decisão contra o Paris Saint-Germain).

O brasileiro, assim como Maradona e Romário, acabaria tendo uma passagem marcante e fugaz: após Núñez recusar-se a aumentar seu salário, como também fizera com Schuster e Stoichkov, os empresários do jogador o venderam à Internazionale, que já o desejava anteriormente.

O título espanhol foi conquistado e Rivaldo, premiado com a Bola de Ouro e o Melhor do Mundo da FIFA. Todavia, um mesmo incômodo tido quarenta nos antes novamente rondava: o clube não se saía bem na Liga dos Campeões e veria o rival Real Madrid voltar a faturá-la, em 1998 e 2000. Neste ano o Barça perdeu o campeonato espanhol. Van Gaal, contestado pela crescente colônia de compatriotas que formara na equipe – Michael Reiziger, Winston Bogarde, Marc Overmars, Frank de Boer, Ronald de Boer, Phillip Cocu, Ruud Hesp e Boudewijn Zenden, além de Kluivert e de Jari Litmanen, finlandês que treinara no Ajax -, acabaria deixando o time, e Núñez, a presidência.

As partidas dos dois foram nada comparada com a de Luís Figo. Capitão do elenco e jogador mais popular da torcida, que o tinha como símbolo, foi comprado pelo Real Madrid de Florentino Pérez para a temporada 2000/01, no que foi um verdadeiro choque para todo o mundo, especialmente para o clube. 

O recém-eleito presidente Joan Gaspart jamais superaria o trauma. Figo sentiria na pele o ódio que criou na Catalunha: em um de seus retornos ao Camp Nou, atuando pelo Real em um El Clásico, foi recepcionado em campo com uma chuva de objetos que incluíam correntes de bicicleta, bolas de golfe, garrafas de vidro, celulares, chaves de fenda e os mais macabros – as cabeças de um galo e de um porco assado.

Por três anos, o Barça voltou a viver um declínio, notado tanto no elenco remanescente quanto nas novas contratações do período, como Simão Sabrosa, Javier Saviola, Geovanni, Fábio Rochemback, Philippe Christanval, Patrik Andersson, Francesco Coco, Gaizka Mendieta, Juan Román Riquelme e Juan Pablo Sorín. Já os merengues atraíam títulos e mídia com as contratações chamadas “galáticas”, sendo nesse interím duas vezes campeão espanhol além de ganhar, em 2002, novamente a Liga dos Campeões, inspirado por um dos astros comprados, o francês Zinédine Zidane – para piorar, o arquirrival passou à final eliminando o Barça nas semifinais, com um empate em 1 x 1 em Madrid precedido por um 2 x 0 em pleno Camp Nou.

Outro galático foi o ex-ídolo Ronaldo, que veio meses depois, após grande Copa do Mundo de 2002. Rivaldo deixara o clube rumo ao Milan pouco antes, insatisfeito com a volta do desafeto Van Gaal. A temporada 2002/03 terminou péssima, com Van Gaal sendo demitido em seu decorrer, sem a classificação para a Liga dos Campeões – a equipe teria de contentar-se em disputar a Copa da UEFA na seguinte.



Paralelamente, foi a contratação de um terceiro galático, David Beckham, ao fim do esquecível 2002/03, que acordaria o Barcelona. Tudo porque o jogador era uma promessa de campanha do novo presidente, Joan Laporta, que, sem o inglês, partiu para o plano B: Ronaldinho Gaúcho. 

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