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Parte 2 da História

Parte 2 da História

continuação da era gamper

Gamper também recrutou Jack Greenwell como gestor. Este viu o clube começar a melhorar em campo: na década de 1910, destacou-se pelo fortalecimento da rivalidade com o então Real Español, equipe criada com o mote que mais tarde seria abraçado pelo Barça: a identificação com jogadores e a região local, fazendo contraponto ao estrangeirismo dos blaugranas; e pelos gols de Paulino Alcántara, jogador vindo da colônia espanhola das Filipinas e maior artilheiro da história do clube, tendo anotado a assombrosa marca de 357 gols em 357 jogos (entre partidas oficiais e amistosas).

Barcelona e Español dividiam as conquistas do Campeonato Catalão, derivado da Copa Macaya, com os culés ganhando cinco no período, em 1913, 1916, 1919, 1920 e 1921, contra três do rival (1912, 1915 e 1918). Paralelamente, o Barça ganhou também outras três Copas do Rei, em 1912, 1913 e 1920. As conquistas faziam o clube conseguir cada vez mais torcedores; o progressivo aumento fez com que o Barcelona arranjasse outro estádio, mudando-se para Las Corts, que foi inaugurado em 1922. Este estádio tinha uma capacidade inicial de 22.000, mais tarde ampliado para 30.000.

Evolução do escudo (brasão) do Barcelona até os dias atuais

Primeira partida.

O Barcelona joga a sua primeira partida a 8 de Dezembro de 1899 no ex-velódromo da Bonanova, ao lado de onde se encontra o Turó Parc. O rival era uma equipa de ingleses residentes na cidade de Barcelona que vencem por 1-0. No dia seguinte o "La Vanguardia" publicou uma extensa crónica.

Naquele tempo, a mais de 100 anos, seus fundadores jamais poderiam imaginar que aquela iniciativa acabaria por alcançar o mundo futebolistico - o Barça é um dos maiores clubes do futebol mundial. É o representante de milhões de pessoas de qualquer parte do mundo, e um simbolo de identidade tanto esportivo, como também social, politico e cultural. Nos momentos mais dificeis foi a bandeira da Catalunya, representando os anseios de liberdade do povo catalão, uma simbologia que continua fortemente "arraigada" no clube e no povo catalão. No contexto espanhol, o Barça se identifica com causas solidárias, concretamente com a infancia, através do acordo de patrocinio com a Unicef.

Durante os mais de 100 anos o "barcelonismo" já viveu momentos de glórias e infortunios, épocas brilhantes e importantes derrotas, que contribuiram em muito para definir a personalidade de um clube que, por suas peculiaridades e caracteristicas, é único no mundo.

Desde a sua fundação até a construção do estádio de Les Corts (1899 a 1922), o Barça foi uma equipe de futebol igual as outras equipes de Barcelona. Aos poucos, com o passar do tempo, passou a ser a referência máxima do futebol catalão.

No periodo do Estádio Les Corts até a construção do Camp Nou (1922 a 1957), o clube viveu situações contraditórias. Por uma parte viu crescer o seu quadro associativo, que pela primeira vez superou os 10.000 sócios, um periodo que surgiram grandes jogadores do porte de Alcántara e Samitier. Por outra parte, as dificuldades financeiras e politicas derivadas da Guerra Civil espanhola e o pós guerra, pois o clube teve que sobreviver num clima muito adverso, com o assassinato, em 1936 do presidente Josep Sunyol, a personalidade que, precisamente levou consigo o lema "desporte e cidadania". Mesmo assim o clube sobreviveu e iniciou uma recuperação social e esportiva que se materializou na construção do Camp Nou.

Da construção do Camp Nou até o seu 75° aniversário (1974), o Barcelona viveu uma época de resultados medíocres no esporte. Por outro lado se consolidou em seu quadro social com um constante crescimento associativo. Nesse período surgiu em seu quadro futebolistico um dos maiores jogadores da história: Johan Cruyff.

Em 1966, por iniciativa do então presidente Enric Llaudet, o FC Barcelona criou o Troféu Joan Gamper em homenagem ao seu fundador Hans Gamper (conhecido como Joan).

O início de um ícone catalão

Após a Guerra Civil Espanhola, o vitorioso General Franco proibiu oficialmente manifestações culturais que não as castelhanas no país, vedação que se extendia ao uso da língua catalã. Estas medidas fizeram com que houvesse alterações no Barcelona: do nome, para Club de Fútbol Barcelona; e no símbolo, em que quatro faixas vermelhas na parte superior direta, alusivas à bandeira da Catalunha, foram diminuídas para duas, para representar a bandeira da Espanha. Por consequência, o Campeonato Catalão, após a edição de 1940, foi extinto, com o Barcelona terminando como seu maior vencedor, com 22 títulos, o dobro do rival Español. Durante a era franquista, um dos poucos lugares em que se podia falar catalão foi o estádio do Barça. Daí viria a associação cada vez maior do orgulho catalão com o Barcelona, ao passo que o rival Español passaria a ser identificado como um aliado do regime de Franco.
 Apesar da difícil situação política, o Barcelona usufruiu de êxito considerável entre o fim da guerra civil e 1953, justamente o período mais opressor da ditadura franquista; uma possível razão foi a rápida reestruturação do clube foi o fato de justamente nese período o presidente blaugrana ser indicado pelo governo espanhol. A equipe ganhou cinco títulos espanhóis, tornando-se momentaneamente a maior vencedora da competição, e três Copas do Generalíssimo, como ficou renomeada a Copa do Rei. Samitier era o treinador e a equipe reunia ainda Joan Velasco, Antoni Ramallets e César.
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