Parte 4 da História

Parte 4 da História

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O consolo de clube mais vencedor da Liga Espanhola não demoraria a acabar: o clube ficaria em jejum por quatorze anos e veria o rival Real superá-lo em conquistas no torneio em 1963, quando ganhou pela nona vez. Com a falta de títulos no Campeonato Espanhol, o clube teve de contentar-se com novos troféus na já denominada Copa das Feiras, em 1966 e 1971; e na Copa do Generalíssimo, em 1963 e 1968 – neste ano, com sabor especial: foi com um 1 x 0 na final contra o Real Madrid em pleno Estádio Santiago Bernabéu com Franco na plateia. Uma das razões era justamente a falta de dinheiro do clube, que havia gasto demais nas obras do Camp Nou – e ainda vira o ídolo Evaristo mudar-se para o Real, naquela década.

A ditadura franquista vinha enfraquecendo com o envelhecimento do General, que faleceria em 1975. Desde o ano anterior, o clube já havia adotado um nome em catalão, Futbol Club Barcelona, que se mantém até hoje.

Cruijff chega, mas não resolve a escassez

A temporada 1973/74 assistiu à chegada de uma lenda, Johan Cruijff. O jogador já era continentalmente consagrado por ter sido tricampeão seguido com o Ajax da Copa dos Campeões, o torneio que faltava ao Barça, e inauguraria a excelente relação do clube com futebolistas holandeses. Sua vinda causou escândalo: era a negociação mais cara do futebol mundial até então, cinco milhões de florins, preço tão alto que o governo espanhol não aprovou a transferência. Cruijff Só conseguiu ser levado porque foi registrado oficialmente como uma peça de máquina de agricultura.

O impacto foi imediato: o craque, em sua primeira temporada, levou o Barça a reconquistar a Liga Espanhola, liderando uma equipe qua contava com os talentos locais Juan Manuel Asensi, Carles Rexach e Hugo Sotil, quebrando o jejum com direito a golear o Real por 5 x 0 no Bernabéu. Receberia sua terceira Bola de Ouro da France Football pelo feito. Durante a temporada, nasceria seu filho, e Cruijff aumentou ainda mais a idolatria em torno dele ao batizá-lo com o nome catalão do padroeiro da Catalunha, São Jorge: assim foi nomeado Jordi Cruijff. 

Após uma primeira temporada de sonhos, as outras acabariam sendo estressantes para Cruijff, mesmo com a companhia do amigo Johan Neeskens a partir da temporada 1974/75. Ele chegaria a ter uma perna quebrada e deixaria o clube, aposentando-se momentaneamente, após a Copa do Rei em 1978, justamente o segundo troféu que conseguira conquistar com o Barça. A consquista credenciou o Barcelona a disputar pela primeira vez a Recopa Europeia, então o segundo torneio europeu em relevância, sendo campeão. O troféu marcou a despedida do ídolo Neeskens. Outro destaque a sair, um ano depois, foi o artilheiro austríaco Hans Krankl.

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